O líder religioso Eduardo Santana foi condenado à prisão por crimes sexuais cometidos contra frequentadoras de um terreiro de umbanda em Hortolândia, São Paulo. A decisão foi proferida pelo juiz Andre Forato Anhe, da 1ª Vara Criminal da cidade.
O juiz condenou Santana a dois anos, quatro meses e dez dias de detenção em regime semiaberto pelo primeiro crime de assédio sexual. Além disso, o réu recebeu uma pena de 16 anos, três meses e 17 dias de reclusão em regime fechado pelos demais crimes.
De acordo com os autos, o réu, na qualidade de pai de santo, cometeu uma série de crimes, incluindo estupro, violação sexual mediante fraude, importunação sexual, assédio sexual e injúria, contra 13 vítimas que frequentavam o terreiro.
Os abusos ocorreram em diversas situações: nas dependências do terreiro, especificamente na “sala de búzios”, nas residências das vítimas e durante deslocamentos no veículo do réu. Também foram apresentados como provas mensagens de texto, vídeos e áudios privados que corroboram os relatos das vítimas.
O juiz destacou que a prova composta por depoimentos, documentos e registros de áudio revela de maneira clara e consistente a conduta do acusado. Santana utilizou sua posição de autoridade para exercer influência e causar constrangimento e violência sexual contra suas vítimas, que eram seguidoras suas.
A condenação ressalta a gravidade dos abusos e a importância da responsabilidade de líderes religiosos em proteger a dignidade e o bem-estar de seus seguidores.
Com informações Migalhas.