Uma ação judicial desencadeou um conflito financeiro significativo em um grande escritório de advocacia de São Paulo. A disputa envolve os principais sócios do Padis Mattar Advogados, um escritório que atende clientes como Unigel e Totvs.
Eduardo Mattar, um dos fundadores e sócios majoritários do escritório, entrou com uma medida cautelar na 1ª Vara Empresarial e de Arbitragem de São Paulo contra seus sócios Paulo Padis, Beatriz Rios e Alexandre Rios. Mattar os acusa de desviar R$ 75 milhões do escritório.
Na ação, os advogados de Mattar afirmam que a medida cautelar é um passo preparatório para uma arbitragem que visa obrigar os réus a devolver ao escritório a quantia de R$ 75 milhões, que teriam sido retirados do caixa do escritório em flagrante violação ao contrato social, por meio de uma conta bancária “secreta”, com a colaboração do departamento financeiro.
Mattar também acusa Padis de mentir sobre o valor dos honorários que a sociedade receberia de um acordo em um caso muito relevante, afirmando que a sociedade receberia aproximadamente R$ 48 milhões, quando, na verdade, receberia quase R$ 93 milhões.
Além disso, Mattar alega que Padis, em clara violação ao contrato social e ao veto, instruiu a devedora desses honorários a efetuar o pagamento em uma conta secreta que ele havia aberto sem informar a Eduardo, e então esvaziou a conta e transferiu para si e para os demais réus aproximadamente R$ 75 milhões.
Paulo Padis e seus dois sócios acusados de desvio entraram com um “pedido de contraditório” na 1ª Vara Empresarial, no qual qualificam como “narrativa falsa” as acusações feitas por Eduardo Mattar. Eles negam qualquer desvio e acusam Mattar de “ganância e ciúme”.
Os advogados de Padis, Beatriz Rios e Alexandre Rios, afirmam que a ação proposta por Mattar é uma manobra para evitar os efeitos do pedido que será formulado contra ele na arbitragem. Eles também desafiam Mattar a comprovar essas falsas insinuações, solicitando a apresentação de qualquer prova concreta de tentativa de destruição dos documentos, que eles afirmam não existir.
Com informações Direito News.