Na manhã desta quarta-feira (21/05), a vereadora Tatiana Medeiros (PSB), detida no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí (QCG), foi encontrada desacordada em sua cela. Uma equipe do Corpo de Bombeiros prestou os primeiros socorros no local, e a parlamentar foi encaminhada com urgência ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Até o momento, não há informações oficiais sobre seu estado de saúde.
Tatiana Medeiros está presa desde 3 de abril, em decorrência da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, conduzida pela Polícia Federal. As investigações apontam suspeitas de que sua campanha eleitoral de 2024 tenha sido financiada com recursos ilícitos, possivelmente vinculados a uma facção criminosa atuante no estado. Além disso, há acusações de desvio de verbas públicas por meio de uma organização não governamental.
Na terça-feira, (20/05), durante uma vistoria de rotina no QCG, foram encontrados um celular e um tablet escondidos na cela da vereadora. Segundo a Polícia Militar, Tatiana confessou estar de posse dos aparelhos e afirmou que os recebeu de seu advogado. No entanto, a defesa da parlamentar negou qualquer envolvimento na entrega dos dispositivos e afirmou desconhecer a origem dos mesmos.
Diante da situação, o Ministério Público Militar solicitou a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar como os aparelhos foram introduzidos na cela e identificar possíveis responsáveis pela facilitação da entrada dos dispositivos. O promotor Assuero Stevenson Pereira Oliveira classificou a presença dos eletrônicos em uma sala de Estado Maior como “absurda”. GP1
A Câmara Municipal de Teresina já anunciou que convocará o suplente Leônidas Júnior (PSB) para assumir a vaga de Tatiana Medeiros, caso o afastamento da vereadora ultrapasse 60 dias. Apesar de afastada, Tatiana continuará recebendo seu salário de vereadora até que haja uma decisão judicial definitiva sobre seu mandato.
A situação de Tatiana Medeiros segue sendo acompanhada pelas autoridades competentes, e novas informações serão divulgadas conforme o andamento das investigações e o estado de saúde da parlamentar.
