Beatriz Marques da Silva foi conduzida à Delegacia do Maiobão, em Paço do Lumiar, na Grande São Luís, pela Polícia Militar na noite da última segunda-feira (19/02). A ação ocorreu após denúncia da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Maranhão (OAB-MA), através da Comissão de Fiscalização da Atividade Profissional da Advocacia, que apontou suspeita de exercício ilegal da advocacia por parte de Beatriz.
A acusação é de que Beatriz Marques atuava como advogada especialista em Direito Previdenciário, sob o nome de “PrevDigital”, em um escritório na Vila Sarney Filho I, São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís. Segundo a OAB-MA, a investigação revelou que Beatriz não era advogada, apesar de se apresentar como Dra. Beatriz Marques – Especialista em Direito Previdenciário. Durante a abordagem, constatou-se que ela havia veiculado diversos outdoors pela cidade para promover seus serviços.
Diante dos fatos, Beatriz foi encaminhada ao Plantão Central da Polícia Civil no Maiobão. O presidente da OAB-MA, Kaio Saraiva, reforçou o compromisso da instituição no combate a falsos advogados, destacando que tais práticas comprometem o trabalho ético daqueles que legitimamente exercem a advocacia.
A equipe da OAB-MA faz parte da campanha de Combate ao Exercício Ilegal da Advocacia, iniciada em 2023. O presidente da Comissão, Jonatas Dutra Fernandes, ressaltou que a fiscalização ocorre em todo o Maranhão e anunciou diligências em outras regiões ainda este mês.
A Delegacia do Maiobão informou que foram coletadas informações de Beatriz e dos membros da comissão da OAB, encaminhando o caso à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), que decidirá sobre a abertura de inquérito policial.
Procurada pela reportagem, a SEIC ainda não se pronunciou sobre o caso. Em sua defesa, Beatriz Marques negou atuar como advogada previdenciária, afirmando ser consultora desde 1999. Ela destacou que sempre orienta os clientes a buscar assistência jurídica quando necessário e alegou não ter lesado nenhum cliente.
Beatriz também argumentou ser alvo de perseguição pela Comissão de Fiscalização da Atividade Profissional da Advocacia, rejeitando as alegações e afirmando que a verdade será reconhecida, permitindo a continuidade de seu trabalho.