Na sexta-feira, 28 de junho, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) homologou, em sessão extraordinária do Órgão Especial, o resultado final do 2º Concurso Público Nacional Unificado para a Magistratura do Trabalho. Foram aprovados 138 candidatos do sexo feminino e 91 do sexo masculino, que serão empossados como juízas e juízes do Trabalho. Dentre os aprovados, sete são pessoas com deficiência e 14 se autodeclararam negras.
O presidente da Comissão Executiva Nacional, ministro Hugo Scheuermann, expressou sua gratidão a todos os participantes do certame, com especial ênfase aos aprovados. Ele destacou que o êxito do concurso é atribuído ao esforço coletivo e à colaboração de todos os envolvidos no processo. “Foi por meio da colaboração e da união de todos que pudemos alcançar o objetivo maior que é agregar à Justiça do Trabalho pessoas verdadeiramente vocacionadas para o nobre exercício da magistratura”, afirmou. “Fizemos adaptações na realização das provas, e temos a satisfação de contar com um candidato aprovado que tem deficiência visual. Foram muitas situações boas e outras que tivemos que ter intervenções pontuais, mas conseguimos superá-las através do trabalho em equipe”, afirmou o ministro.
As novas juízas e juízes tomarão posse no segundo semestre de 2024 e iniciarão o Curso Nacional de Formação Inicial (CNFI), promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat).
O presidente do TST, ministro Lelio Bentes Corrêa, ressaltou que este concurso é o mais diverso da história do Judiciário brasileiro. Ele elogiou as bancas examinadoras pelo compromisso com a isonomia e a equidade, que promoveram uma ampla representação de gênero, raça e orientação afetiva-sexual. “Um exemplo do quanto se enriquece o processo com o respeito e a promoção da diversidade”, destacou.
O ministro também aproveitou a ocasião para comemorar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, celebrado na mesma data. “Nosso prédio está iluminado com as cores do arco-íris, e a expectativa é de que essas homenagens passem do discurso, da iluminação dos vários prédios públicos, a uma verdadeira ação no sentido da tolerância, da inclusão e da promoção da diversidade e, sobretudo, do respeito às diversas formas de amar. As pessoas têm o direito de amar quem bem entenderem e como bem entenderem”, concluiu o presidente.
O evento foi um marco não apenas pela quantidade de novos magistrados, mas também pela representatividade e diversidade alcançadas.