A Campanha “Meu Pai tem Nome – Dia D da Defensoria”, que alcançou seu ápice na última quinta-feira, 15 de agosto, em Teresina, Floriano e Piripiri, obteve resultados expressivos, evidenciando a significativa adesão da população. Na capital, foram realizadas mais de 45 mediações previamente agendadas, e 10 exames de DNA dos 14 programados ocorreram com sucesso. A iniciativa, promovida pelo Conselho Nacional de Defensoras e Defensores Públicos Gerais (Condege), em parceria com as Defensorias dos Estados e do Distrito Federal, visa à concretização do direito fundamental ao reconhecimento de filiação.
Pela primeira vez, a campanha foi levada a uma comunidade quilombola no Piauí. No dia 14 de agosto, a Defensora Pública Karla Araújo de Andrade Leite participou de um evento organizado pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI) dentro do Projeto Tecendo Identidades, ocasião em que proferiu palestra sobre Ações de Filiação para a Comunidade do Quilombo Artur Passos, localizado no município de Jerumenha.
Em Teresina, a campanha também contemplou famílias de pessoas privadas de liberdade. Antônia Maria da Costa, dona de casa, procurou a Defensoria Pública em busca do reconhecimento de paternidade para seu filho de 24 anos, atualmente custodiado no Sistema Prisional. Ela relatou: “Fui informada da ação pela Defensoria Criminal. Meu filho também soube do atendimento por meio dos defensores que atuam na Unidade. O pai deseja realizar o reconhecimento e, assim, poder visitar nosso filho, a quem não vê há dois anos. Estou muito satisfeita com o atendimento”.
O Defensor Público Marcelo Moita Pierot, Diretor Cível da Defensoria Pública e coordenador da Campanha “Meu Pai Tem Nome” no ano de 2024, expressou satisfação com os resultados obtidos. “Todos os integrantes da Comissão responsável pela execução desta campanha estão plenamente satisfeitos com os resultados alcançados. A demanda superou nossas expectativas, e as ações de educação em direitos realizadas no interior do Estado contaram com grande participação. Destaco, ainda, que pela primeira vez o projeto foi levado a uma comunidade quilombola. É importante observar que, a cada ano, essa iniciativa atrai mais pessoas, permitindo-nos garantir o direito fundamental ao reconhecimento de paternidade, não só a crianças e adolescentes, mas também a adultos. É gratificante constatar a credibilidade que a Defensoria Pública possui junto à população, que reconhece nossa instituição como uma via de resolutividade para suas demandas. Em breve, divulgaremos o número de atendimentos e sessões realizadas em todos os municípios envolvidos. Embora a campanha em Parnaíba esteja programada para os dias 29 e 30 de agosto, podemos antecipar que os resultados já são satisfatórios.”
Além do Defensor Público Marcelo Moita Pierot, a Comissão responsável pelo “Dia D da Defensoria – Campanha Meu Pai Tem Nome” é composta pelas Defensoras e Defensores Patrícia Ferreira Monte Feitosa (Diretora de Primeiro Atendimento), Sheila de Andrade Ferreira (Diretora da Escola Superior da Defensoria Pública – Esdepi), Alessandro Andrade Spíndola (Diretor da Defensoria Itinerante), Karla Araújo de Andrade Leite (Diretora Regional), Gervásio Pimentel Fernandes (Coordenador do Núcleo de Solução Consensual de Conflitos e Cidadania – NUSCC) e Alynne Patrício de Almeida Santos (Coordenadora Cível).
Nas cidades de Piripiri e Floriano, as ações da campanha foram lideradas pelos Defensores Públicos Leandro Ferraz Damasceno Ribeiro e Marcos Martins de Oliveira, que realizaram palestras para as comunidades locais. Em Corrente, no dia 14 de agosto, a Defensora Pública Amanda de Andrade Caputo Tejo coordenou os atendimentos, enquanto em Teresina a campanha contou com a participação ativa do Defensor Público Crisanto Pimentel Alves Pereira. Em Parnaíba, os Defensores Públicos Giovanni Jérvis Diógenes e Medeiros e Marcos Antônio Siqueira da Silva serão os responsáveis pela condução das atividades.