O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrenta o quarto processo criminal, sendo o segundo relacionado a tentativas de subverter os resultados eleitorais. Desta vez, a acusação foi feita pelo grande júri do condado de Fulton, na Geórgia, após uma investigação de dois anos. A investigação foi desencadeada por um telefonema de janeiro de 2021, no qual Trump sugeriu que o secretário de Estado republicano da Geórgia poderia ajudá-lo a encontrar votos suficientes para reverter sua derrota para o democrata Joe Biden.
Dezoito outros indivíduos, incluindo ex-membros da administração Trump, como Mark Meadows, ex-chefe de gabinete da Casa Branca, e Rudy Giuliani, advogado pessoal de Trump, também foram indiciados no mesmo processo. Em resposta ao anúncio do indiciamento, Trump enviou um e-mail pedindo doações para sua campanha presidencial em 2024, descrevendo o processo como uma tentativa de interferência eleitoral em nome dos democratas.
A equipe jurídica de Trump argumentou que a acusação da Geórgia resultou de uma apresentação unilateral do grande júri e que contou com testemunhas com interesses pessoais e políticos. Trump também enfrenta acusações anteriores relacionadas à tentativa de minar a votação de 2020 e impedir a transferência pacífica de poder após as eleições gerais.
Enquanto o ex-presidente continua a fazer campanha e usar as acusações para angariar fundos, alguns políticos destacaram que é um momento preocupante para o país ver um ex-presidente enfrentar acusações tão graves. No entanto, outros afirmaram que o sistema de justiça está funcionando e retrata um padrão de atividade criminosa repetida por parte de Trump, conforme afirmado pelos líderes democratas no Congresso.