A investigação sobre a agressão à estudante de enfermagem Mariana Lopes Meneses, de 24 anos, supostamente perpetrada pelo síndico Manfredo Vertunes Pereira, também cabo da Polícia Militar, foi transferida para o Departamento Estadual de Proteção à Mulher e Grupos Vulneráveis, sob a direção da delegada Bruna Verena.
Nesta segunda-feira (15), a estudante prestou depoimento no 12° Distrito Policial, localizado na zona Leste de Teresina. Mariana e seu companheiro, o empresário Alexandre Rodrigues Vieira, de 26 anos, alegam terem sido vítimas de agressões verbais por parte do síndico na madrugada de domingo (14). A jovem foi atingida por um soco no rosto, resultando em um ferimento que necessitou de sutura.
Antes da transferência do caso, o depoimento do policial militar, suspeito da agressão, estava agendado para esta terça-feira, às 10h, no 12° DP. Agora, a data do depoimento será determinada pela delegada Bruna Verena, que assume a presidência da investigação.
A delegada Bruna Verena anunciou que planeja interrogar o policial apontado como autor das agressões nos próximos dias.
Entendendo o Caso
Os acontecimentos desencadearam-se no último domingo (14/01) dentro de um condomínio localizado no bairro Jóquei Clube, na zona Leste de Teresina.
De acordo com a versão da estudante, ao chegar ao condomínio acompanhada do seu marido, na madrugada de domingo, ela percebeu um forte odor de gás nos andares 7º, 8º e 9º e estava receosa de utilizar a cozinha para fazer um lanche. Ao acionar o porteiro, foi informada de que somente o síndico poderia intervir, mediante autorização. Preocupada, dirigiu-se ao apartamento do síndico, sendo atendida de maneira ríspida e grosseira. Alega que ocorreu um desentendimento e que o síndico desferiu um soco, resultando em um ferimento de aproximadamente 3 cm, que exigiu cinco pontos para sutura. A estudante também relata que um dente foi quebrado e que será realizado um laudo odontológico para inclusão no processo.
A estudante encontra-se com dificuldades na fala, experimentando dores e enfrentando desafios na alimentação, sendo necessário o uso de três pontos internos e dois externos. Caso o policial seja considerado culpado, as penas incluem prisão, multa e outras sanções de acordo com a gravidade do delito.
Fonte: Cidade Verde.