
A reitora da renomada Universidade Harvard, Claudine Gay, apresentou sua renúncia ao cargo nesta terça-feira (2). A decisão ocorreu após críticas relacionadas a suas declarações sobre antissemitismo durante uma audiência no Congresso em dezembro, somadas a acusações de plágio em sua carreira acadêmica. Em uma carta publicada no site da universidade, Gay afirmou que, após discussões com colegas, ficou claro ser do interesse de Harvard que ela renunciasse, permitindo que a comunidade enfrente os desafios atuais com foco na instituição.
O mandato de seis meses da primeira mulher negra a ocupar o cargo será sucedido por Alan M. Garber, que atuará como presidente interino até a escolha de um novo reitor. A renúncia acontece em um contexto em que as universidades americanas enfrentam desafios decorrentes da repercussão do conflito Israel-Hamas nos Estados Unidos.
O Congresso reagiu à controvérsia, criando um comitê para investigar a atuação das universidades nesse cenário. Após uma audiência em dezembro, onde as reitoras se recusaram a responder categoricamente sobre se pedir o genocídio de judeus violaria códigos de conduta universitária, a pressão pela renúncia aumentou. A permanência de Gay foi inicialmente mantida pelo conselho de Harvard, mas a renúncia foi agora aceita “com tristeza”.
Além das críticas à resposta de Harvard sobre denúncias de antissemitismo, Gay enfrenta escrutínio sobre seu trabalho acadêmico, com artigos assinados por ela sendo alvo de acusações de plágio. Uma investigação independente concluiu que não houve má conduta, mas correções foram recomendadas para incluir referências e citações ausentes. A renúncia de Gay é a segunda entre as reitoras que participaram da audiência no Congresso, seguindo a saída da líder da Universidade da Pensilvânia no mês passado.
Fonte: Amo direito.