Uma residente de Minnesota, nos Estados Unidos, moveu um processo contra o dentista Kevin Molldrem, alegando ter sido submetida a 32 procedimentos odontológicos em uma única sessão, resultando em desfiguração e trauma. Kathleen Wilson afirma que, em julho de 2020, Molldrem realizou oito coroas dentárias, quatro canais radiculares e 20 obturações durante um período de cinco horas e meia.
O advogado de Kathleen protocolou a ação no Tribunal Distrital do condado de Hennepin, buscando uma compensação de US$ 50 mil (aproximadamente R$ 240 mil). No processo, alega-se que a paciente experimentou intensa dor, vergonha, desfiguração e angústia, levando-a a buscar a correção dos procedimentos realizados por Molldrem em consultas subsequentes com outros profissionais dentistas. Parte substancial do trabalho inicial precisou ser refeito durante seu atendimento na Escola de Odontologia da Universidade de Minnesota, ao longo de vários meses.
Adicionalmente, Molldrem, graduado em 2004, enfrenta acusações de abuso de anestesia, administrando o dobro da quantidade máxima recomendada, e falsificação de registros odontológicos para evitar responsabilidades.
Um dentista da Flórida, Avrum Goldstein, foi consultado pelo advogado de Kathleen para corroborar a denúncia. Goldstein reconheceu que, em 7 de julho de 2020, Molldrem diagnosticou corretamente a presença de cárie em praticamente todos os dentes de Kathleen. No entanto, Goldstein criticou o tratamento subsequente, realizado na semana seguinte, observando que a abordagem de preencher todos os buracos de cada dente em uma única consulta não era indicada, sendo contraproducente e humanamente impossível de ser eficaz.
Segundo Goldstein, a tentativa de Molldrem de restaurar todos os dentes de Wilson numa única visita não contribuiu para resolver sua suscetibilidade a doenças ou evitar o potencial de perda dentária.
Fonte: Extra Globo.