Laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 2006, Muhammad Yunus, juntamente com outras três pessoas, recebeu uma sentença de prisão de um tribunal em Bangladesh por múltiplas infrações à legislação trabalhista. As acusações incluem a ausência do Fundo de Contribuição dos Trabalhadores e do Fundo de Previdência em sua empresa, bem como a suposta omissão na distribuição dos benefícios aos funcionários. Yunus e seus coacusados negaram as alegações, sugerindo que o caso possui motivações políticas destinadas a assediá-lo, conforme declarado por um advogado do banqueiro à Reuters.
Muhammad Yunus, atualmente com 83 anos, ganhou destaque ao ser agraciado com o Nobel da Paz por seu notável trabalho em tirar milhões de pessoas da pobreza por meio do Grameen Bank, uma instituição financeira focada em fornecer microcréditos, especialmente para mulheres em áreas rurais. As acusações enfrentadas em setembro de 2021 envolviam, entre outras questões, a falta de conformidade com a legislação trabalhista, incluindo a não comprovação adequada da contratação regular de 100 trabalhadores.
No início deste ano, um tribunal de Bangladesh emitiu a condenação. Os quatro réus têm um prazo de um mês para recorrer da decisão e permanecem em liberdade mediante pagamento de fiança durante o processo de apelação.
Muhammad Yunus, nascido em 28 de junho de 1940, é um economista e empreendedor social que fundou o Grameen Bank, uma instituição que desempenhou um papel crucial no fornecimento de pequenos empréstimos a empreendedores pobres, promovendo a autossuficiência e contribuindo para o desenvolvimento econômico sustentável. Sua notável contribuição para o campo do microcrédito e seu compromisso com a erradicação da pobreza resultaram na concessão do Prêmio Nobel da Paz em 2006.
Fonte: Migalhas.
