
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, repudiou a declaração do senador Plínio Valério, que afirmou ter suportado a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por mais de seis horas “sem enforcá-la”. O comentário foi feito durante um evento da Fecomércio no Amazonas e gerou forte reação entre os parlamentares. Alcolumbre classificou a fala como “infeliz” e alertou para os impactos negativos desse tipo de discurso em um país já polarizado.
Durante sessão plenária, Alcolumbre enfatizou que divergências políticas são parte do debate democrático, mas que declarações com teor violento não podem ser normalizadas. Ele destacou que esse tipo de discurso contribui para um ambiente de agressividade crescente na sociedade. A senadora Eliziane Gama também se manifestou, reforçando que as diferenças devem ser discutidas com respeito e sem incitação ao ódio.
Plínio Valério, por sua vez, declarou que seu comentário foi uma brincadeira, sem intenção de incitar violência. Ele justificou sua frustração com a ministra devido à postura dela em relação à liberação de obras na BR-319, rodovia estratégica para o Amazonas. O senador afirmou que, apesar da discordância, tratou Marina Silva com respeito durante a audiência da CPI das ONGs, em novembro de 2023.
A ministra Marina Silva considerou a fala de Plínio uma incitação clara à violência contra a mulher e afirmou que apenas “psicopatas fazem esse tipo de brincadeira”. Em resposta, o senador disse que não se arrepende do comentário, mas que não o repetiria. Ele também sugeriu que Marina deveria pedir desculpas por tê-lo chamado de psicopata, mas afirmou que não tomaria medidas legais contra ela. O episódio evidenciou o clima tenso no cenário político e reacendeu o debate sobre o impacto de discursos agressivos na esfera pública.