A 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio de Janeiro condenou um grupo envolvido em fraudes relacionadas à venda fictícia de imóveis. A quadrilha utilizava plataformas online para atrair clientes, oferecendo imóveis a preços atrativos mediante o pagamento inicial de R$10 mil. Após o recebimento do sinal, o grupo encerrava suas atividades, desativando os escritórios temporários, que eram geralmente locados por períodos curtos, como coworkings, e cessava toda comunicação com as vítimas.
O líder da organização foi sentenciado a mais de 10 anos de reclusão, enquanto os demais integrantes receberam penas variando entre 8 e 10 anos, todas em regime fechado. Duas mulheres, mães de crianças pequenas, cumprirão suas penas de 9 anos em regime domiciliar. Dois acusados foram absolvidos.
Durante as investigações, foi apurado que os envolvidos estabeleceram várias empresas, inclusive com CNPJs válidos, para conferir uma aparência de legitimidade às operações fraudulentas. Essas empresas promoviam imóveis efetivamente à venda, mas sem a autorização dos verdadeiros proprietários, induzindo as vítimas a erro.
Segundo a sentença, o líder da quadrilha tinha a função de recrutar e orientar os funcionários, enquanto outro membro coordenava as equipes e realizava entrevistas de emprego. Outros integrantes eram encarregados de instruir os funcionários sobre a captação de vítimas, supervisionar as atividades e elaborar parcelas que tornassem o contrato de financiamento habitacional fraudulento atrativo.
Uma pessoa foi detida em flagrante no escritório durante a apresentação de um contrato fraudulento, e outra foi presa com dinheiro proveniente de uma das vítimas na saída de um shopping.
Com informações Migalhas.