Nota | Penal

MPF DENUNCIA DUAS CIDADÃS UCRANIANAS POR CONTRABANDO DE ANIMAIS DA FAUNA BRASILEIRA

Duas cidadãs ucranianas, Svitlana Huzynets, de 45 anos, e Inna Tegaza, de 74 anos, foram presas em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal sob acusação de contrabando de cinco ovos da ave Arara-Azul-de-Lear, uma espécie rara e ameaçada de extinção.

Equipe Brjus

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Duas mulheres ucranianas denunciadas pelo MPF por contrabando de ovos de Arara-Azul-de-Lear.

Duas cidadãs ucranianas, Svitlana Huzynets, de 45 anos, e Inna Tegaza, de 74 anos, foram presas em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal sob acusação de contrabando de cinco ovos da ave Arara-Azul-de-Lear, uma espécie rara e ameaçada de extinção. O Ministério Público Federal (MPF) formalizou a denúncia por dois crimes contra a fauna, conforme estipulado na lei ambiental (Lei 9.605/98), além dos crimes de contrabando e receptação qualificada do Código Penal.

A ação criminosa veio à tona em 2 de fevereiro deste ano, quando agentes da Polícia Rodoviária Federal abordaram o veículo conduzido por Svitlana em um trecho da BR-116, próximo a Governador Valadares (MG).

Durante a revista, encontraram uma bolsa contendo uma pequena incubadora com cinco ovos. Apesar da motorista alegar se tratar de ovos de galinha, o nervosismo e os indícios de que os espécimes eram silvestres levaram à apreensão do material e à condução das ucranianas à unidade operacional da PRF.

Durante o trajeto, Svitlana admitiu que os ovos eram de aves silvestres e seriam vendidos por cerca de 200 dólares cada. Enquanto isso, Inna, que estava em outro veículo com a incubadora, quebrou quatro dos cinco ovos na tentativa de destruir a prova do crime.

Investigações subsequentes, incluindo análises genéticas dos ovos danificados, confirmaram que se tratava da espécie Arara-Azul-de-Lear, altamente visada pelo tráfico internacional de animais silvestres.

As denunciadas possuem um histórico de visitas à região de Barreirinhas, em Jeremoabo, próximo a Canudos (BA), durante o período de reprodução das aves, levantando suspeitas de envolvimento regular no tráfico internacional de espécies brasileiras.

O MPF solicitou a manutenção da prisão preventiva das acusadas, alegando alto risco de fuga, considerando seu histórico de viagens ao Brasil e o comportamento durante a prisão.