Nota | Constitucional

MP-PI promove audiência pública para tratar da assistência prestada aos pacientes renais crônicos no Piauí

O Ministério Público do Piauí (MP-PI), através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina, promoveu uma audiência pública na manhã da última terça-feira (11) para discutir a assistência oferecida aos pacientes com insuficiência renal crônica em hospitais públicos e clínicas de hemodiálise associadas ao Sistema Único de Saúde no Estado.

Equipe Brjus

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O Ministério Público do Piauí (MP-PI), através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina, promoveu uma audiência pública na manhã da última terça-feira (11) para discutir a assistência oferecida aos pacientes com insuficiência renal crônica em hospitais públicos e clínicas de hemodiálise associadas ao Sistema Único de Saúde no Estado.

A audiência híbrida foi presidida pelo promotor de Justiça Eny Pontes e contou com a participação de representantes da Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI), Fundação Municipal de Saúde (FMS), Hospital Getúlio Vargas, Associação de Pacientes Renais do Piauí (APREPI), Conselho Regional de Enfermagem (COREN-PI), Central de Transplantes do Estado, Ministério da Saúde e clínicas de hemodiálise associadas ao SUS no Piauí.

Eny Pontes destacou que a audiência foi realizada com o objetivo de encontrar uma solução que reduza a fila de consultas e exames, proporcionando uma melhor qualidade de vida para os pacientes renais.

Ginivaldo Victor, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, regional Piauí, esclareceu que quando o rim deixa de funcionar, existem apenas duas maneiras de manter o paciente vivo: através da diálise ou do transplante. Ele informou que quase três mil pacientes estão em hemodiálise no Piauí e doze pessoas realizam a diálise peritoneal, um procedimento que utiliza o revestimento do abdômen para remover toxinas do sangue. Ele ressaltou que quando nenhuma das duas opções é mais viável, o transplante de rim se torna urgente e prioritário.

Luiz Moreira, tesoureiro da Associação de Pacientes Renais do Piauí (APREPI) e presidente eleito da entidade, explicou que apenas oito municípios do Estado realizam hemodiálise. Das 13 clínicas de nefrologia do Estado, apenas uma é pública. Ele expressou o desejo de que o serviço melhore, tanto no HGV como nas clínicas associadas.

Breno de Sousa, Diretor técnico do HGV, informou durante a reunião que os serviços de atendimento aos pacientes renais do Estado estão sendo ampliados e que até o final do ano uma nova sala de Hemodinâmica deve ser inaugurada no Hospital. Ele afirmou que isso permitirá ampliar o atendimento aos pacientes renais e reduzir as filas nos hospitais públicos do Estado.

Como resultado da audiência, foi solicitado que seja apresentada, no prazo de 10 dias, uma solução para o atendimento dos pacientes transplantados no Hospital do Monte Castelo, uma das demandas apresentadas pelo público que participou da reunião telepresencial. Também foi solicitado que a Diretoria de Unidade de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria (DRCAA) da Secretaria de Estado do Saúde (SESAPI) apresente, no prazo de 10 dias, uma deliberação sobre a suspensão da oferta de exames para pacientes do Maranhão, devido à falta de um acordo entre os dois estados.