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Desembargadora Lucicleide Belo é empossada no TJ-PI

Na noite de ontem, quinta-feira, 1º de agosto, ocorreu a posse da juíza Lucicleide Pereira Belo como a primeira desembargadora eleita para uma vaga exclusivamente destinada à magistratura feminina no Nordeste. A cerimônia, realizada no Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI), foi marcada por um ambiente de solenidade e prestígio.

Equipe Brjus

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Na noite de ontem, quinta-feira, 1º de agosto, ocorreu a posse da juíza Lucicleide Pereira Belo como a primeira desembargadora eleita para uma vaga exclusivamente destinada à magistratura feminina no Nordeste. A cerimônia, realizada no Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI), foi marcada por um ambiente de solenidade e prestígio.

Com uma trajetória de 35 anos na magistratura, a nova desembargadora foi eleita em 14 de junho por mérito, em conformidade com a Resolução nº 106 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece medidas afirmativas de gênero no Judiciário brasileiro.

Em sua entrevista à imprensa, Lucicleide Pereira Belo expressou sua honra pela eleição ao Pleno do TJ-PI, ressaltando a importância de sua escolha para um colegiado predominantemente masculino. “Tenho uma jornada longa, mais da metade da minha vida foi dedicada à magistratura. E um corpo de vinte desembargadores, sendo dezenove homens e uma mulher, escolheu meu nome para compor este Tribunal. Estou feliz! Vejo como um reconhecimento ao meu trabalho e à minha dedicação à magistratura piauiense”, afirmou a nova desembargadora.

Durante seu discurso, a desembargadora enfatizou a relevância das políticas de paridade de gênero e o pioneirismo do TJ-PI na abertura de edital para vaga exclusivamente feminina. A nova integrante do Tribunal também refletiu sobre sua trajetória, agradeceu à família, colegas magistrados e servidores judiciais, e expressou emoção ao mencionar suas filhas e a expectativa do nascimento de seu primeiro neto.

A recepção à nova desembargadora foi conduzida pela desembargadora Fátima Leite, que sublinhou a relevância histórica da posse e a contribuição da nova colega para o TJ-PI. “A história do Tribunal está sendo reescrita neste dia, enaltecendo ainda mais esse momento de júbilo. É essencial para a legitimidade e o fortalecimento do Poder Judiciário junto à sociedade que as mulheres sejam chamadas cada vez mais a decidir e contribuir de modo efetivo para a definição dos rumos dos órgãos jurisdicionados. A personalidade vibrante, a disposição para o trabalho e a vasta experiência intelectual e profissional de Vossa Excelência certamente contribuirão com as decisões colegiadas deste Tribunal de Justiça”, afirmou Fátima Leite.

A juíza Keylla Ranyere Procópio, representando a Associação dos Magistrados Piauienses (Amapi), destacou o impacto da posse de Lucicleide Belo na promoção da Política Nacional de Incentivo à Participação Institucional Feminina. “A sessão de escolha da magistrada que assumiria este posto, hoje solenemente preenchido, ficará marcada para sempre em minha memória e na memória de todas as mulheres que compõem o Poder Judiciário piauiense. Lucicleide inspira seus colegas a crescer, a buscar no conhecimento caminhos para se elevar a qualidade de nossos serviços. É sinônimo de força, de realização. É determinada. O Tribunal muito ganha com sua presença, sua coragem e seu atrevimento em fazer acontecer”, declarou.

O presidente do TJ-PI ressaltou a importância da posse para a transformação do Judiciário e a estrutura da sociedade. “A escolha da Dra. Lucicleide Pereira Belo para esta missão é significativa, dado seu vasto preparo e experiência acumulada ao longo de sua carreira. Ela traz consigo uma sensibilidade e competência que serão fundamentais para a continuidade do aperfeiçoamento da política de mediação e conciliação no Judiciário piauiense”, comentou.

Lucicleide Pereira Belo é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), pós-graduada em Direito Processual Civil pelo Instituto Camillo Filho (ICF), possui MBA em Gestão Judiciária pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e é mestre em Direito e Gestão de Conflitos pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Ingressou na magistratura há 35 anos e, ao longo de sua carreira, ocupou diversas funções relevantes, incluindo a coordenação de centros de solução de conflitos e a atuação como juíza eleitoral e auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça. Sua contribuição ao Prêmio Innovare e ao Banco de Boas Práticas do CNJ, bem como sua atuação como formadora e professora, destacam seu compromisso com a excelência no Judiciário.