O deputado Francisco Limma (PT) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) durante a sessão plenária desta terça-feira (8) para expor sua análise sobre os resultados eleitorais do último domingo (6). Embora tenha celebrado o número expressivo de prefeitos e vereadores eleitos que integram a base de apoio ao governo estadual, o parlamentar ressaltou a necessidade de uma reflexão sobre o papel do Parlamento.
Segundo Limma, o Parlamento não se limita à função de aprovar leis, mas deve se consolidar como um espaço de debate político voltado para o avanço dos projetos e tendências que a sociedade necessita. O deputado destacou a importância do protagonismo das lideranças políticas, afirmando que o Legislativo, seja no âmbito municipal, estadual ou federal, não pode se submeter aos demais poderes, como o Judiciário ou o Executivo.
“O Parlamento não é apenas uma casa de aprovação de leis. Ele é uma Casa para debater, politicamente, projetos e tendências que a sociedade tem que avançar. O Parlamento, quer seja municipal, estadual ou federal, tem um papel político. As suas lideranças políticas não podem se permitir e nem andar a repelir outros poderes quer seja o Judiciário, quer seja o Executivo. Ele [Parlamento] tem que assumir o seu papel e a sua contribuição na gestão e na política”, frisou.
Ao comentar o cenário nacional, Francisco Limma alertou para o avanço de posturas conservadoras, o que considera um retrocesso preocupante. Em sua visão, candidatos desse espectro político frequentemente adotam medidas contrárias às evidências científicas, comprometendo os avanços sociais conquistados e restringindo a participação popular nas decisões estatais.
Para enfrentar esse fenômeno, o deputado defendeu a necessidade de os agentes políticos articularem melhor a integração entre o Estado, a sociedade civil e o setor privado, de forma a gerar impactos positivos para a população. Ele afirmou que os políticos não devem se limitar à execução de suas ações, mas precisam demonstrar um comprometimento político em fortalecer um projeto mais abrangente.
Além disso, Limma sugeriu que o Parlamento discuta temas como o financiamento público de campanhas e o papel das pesquisas eleitorais. Em sua avaliação, o fim do financiamento privado deveria ter reduzido a influência do poder econômico no processo eleitoral, mas o que se observa é uma crescente interferência financeira na escolha dos eleitores. “Temos uma missão a cumprir, pois uma eleição prepara o caminho para outra, e, no final, é a democracia que sempre sai vencedora”, concluiu o deputado.