Nota | Geral

Legislativo , prefeitos e sociedade civil se articulam em evento sobre combate à seca

Na última segunda-feira (8), os prefeitos Corinto Matos, de Marcolândia, e Gederlânio Oliveira, de Jacobina do Piauí, juntamente com Paulo dos Anjos, coordenador do Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido (FPCSA), participaram da segunda mesa temática do evento “Mais Piauí – Água no Sertão”. O debate, organizado pela Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), reuniu gestores municipais, parlamentares estaduais e membros da sociedade civil para discutir obras estruturantes que garantam a segurança hídrica no semiárido piauiense.

Equipe Brjus

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Na última segunda-feira (8), os prefeitos Corinto Matos, de Marcolândia, e Gederlânio Oliveira, de Jacobina do Piauí, juntamente com Paulo dos Anjos, coordenador do Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido (FPCSA), participaram da segunda mesa temática do evento “Mais Piauí – Água no Sertão”. O debate, organizado pela Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), reuniu gestores municipais, parlamentares estaduais e membros da sociedade civil para discutir obras estruturantes que garantam a segurança hídrica no semiárido piauiense.

O prefeito Corinto Matos destacou as dificuldades enfrentadas por Marcolândia devido à falta de infraestrutura hídrica. “Não temos um metro de encanamento para ligar de uma casa para a outra. Não existe isso na nossa cidade. Em Marcolândia, todo mundo, para fazer uma construção, a primeira obra tem que ser a cisterna ou o reservatório de água. Tudo isso dificulta e inviabiliza muito a economia”, relatou Matos. Ele mencionou que os caminhões-pipa percorrem 100 km para abastecer a cidade e que é incompreensível a transposição do Rio São Francisco levar água para Araripina (PE), a apenas 25 km de distância, desde a década de 1990.

O prefeito Gederlânio Oliveira sublinhou a importância da resolução da questão hídrica para potencializar a economia regional. Ele citou a ovinocaprinocultura e a apicultura como exemplos de atividades econômicas fortalecidas pela segurança hídrica. “Essa transposição é uma liberdade. Ela é uma garantia da cultura do povo do semiárido, uma segurança, como foram as barragens até agora”, explicou Oliveira, enfatizando a necessidade de manter os piauienses no campo e evitar a migração para áreas urbanas.

Paulo dos Anjos, coordenador do FPCSA, ressaltou a importância de focar o abastecimento populacional nas grandes obras de integração de bacias dos rios São Francisco, Canindé e Piauí. Ele pediu que a população fosse ouvida constantemente e apresentou ações da entidade, que reúne 20 organizações da sociedade civil, como as cisternas, que têm contribuído para a convivência com o ambiente árido.

Durante o debate, o presidente da Alepi, deputado Franzé Silva (PT), e o deputado Dr. Gil Carlos (PT) destacaram a necessidade de integração entre gestores municipais, parlamentares e sociedade civil para avançar com a obra de integração de bacias. Dr. Gil Carlos lembrou que essa abordagem colaborativa foi crucial para obter melhorias na BR-135.

Este encontro reafirma o compromisso das autoridades em buscar soluções duradouras para a segurança hídrica no semiárido piauiense, essencial para a sustentação econômica e social da região.