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Legislações sancionadas pela Alepi intensificam a luta contra o abuso sexual infantil

Hoje (18), o Brasil observa mais um Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, um marco no calendário do Maio Laranja, mês dedicado à conscientização da sociedade brasileira sobre a persistência deste problema. Segundo informações da Secretaria de Segurança do Piauí, mais de 700 casos foram registrados no ano anterior, com muitos dos agressores sendo membros da família da vítima.

Equipe Brjus

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Hoje (18), o Brasil observa mais um Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, um marco no calendário do Maio Laranja, mês dedicado à conscientização da sociedade brasileira sobre a persistência deste problema. Segundo informações da Secretaria de Segurança do Piauí, mais de 700 casos foram registrados no ano anterior, com muitos dos agressores sendo membros da família da vítima.

A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) tem se concentrado na questão, produzindo leis que visam reforçar a luta contra a exploração sexual. A educação e a conscientização das crianças e adolescentes sobre as situações de abuso são tarefas importantes abordadas na legislação atual.

O presidente Franzé Silva (PT) é o autor da Lei 8.173/23, que determina que os alunos dos ensinos Fundamental e Médio recebam instrução sobre o tema. A intenção é promover a conscientização, identificação e prevenção de situações de violência intrafamiliar e abuso sexual, utilizando uma linguagem adequada para cada nível de ensino.

A Lei 7.485/21, de autoria do deputado licenciado Coronel Carlos Augusto, também aborda a prevenção e a conscientização. A legislação inclui o Dia do Quebrando o Silêncio no Calendário Oficial do Estado, que ocorre no quarto sábado de agosto e visa promover medidas educativas, preventivas e de enfrentamento ao abuso sexual e à violência doméstica praticados contra crianças, adolescentes, mulheres e idosos.

Atualmente, tramita na Alepi um projeto de lei do deputado Dr. Marcus Vinícius Kalume (PT) que busca incluir o Maio Laranja no calendário oficial. “É importante que as pessoas que denunciam não se calem porque, muitas vezes, o agressor ou uma agressora estão dentro do domicílio. Muitas vezes é um familiar próximo ou, muitas vezes, infelizmente, é o pai ou a mãe. Essa denúncia deve ser realizada. Nós, como agentes públicos e políticos, vamos lutar cada vez mais para que a gente possa combater de fato e que sejam responsabilizados e criminalizados os agressores de violência sexual contra crianças e adolescentes”, defendeu o parlamentar na sessão plenária da última quarta-feira (15).

Com foco no momento pós violência, está em vigor a Lei 6.324/11, de autoria do atual líder do Governo, Fábio Novo (PT). Ela determina a prioridade de atendimento às vítimas em hospitais, a assistência médica humanizada e o princípio de que elas devem ser ouvidas em interrogatórios, preferencialmente, apenas uma vez.

Tratando de vários desses pontos, o ex-deputado Robert Rios condensou na Política Estadual de Prevenção e Enfrentamento de Violência, Abuso e Exploração de Crianças e Adolescentes e formulou o projeto que baseia a Lei 7.009/17. Ela abrange campanhas de conscientização, prevenção e diretrizes para a proteção das vítimas.

Uma das instituições mais importantes no combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes é o Conselho Tutelar. Mais de 30 mil conselheiros tutelares atuam em todo o Brasil com a missão de defender os direitos da juventude. Os deputados aprovaram na Alepi legislações que valorizam e buscam fortalecer esse trabalho.

A Lei 7.273/19, por exemplo, reconhece de utilidade pública a Associação de Conselheiros e Ex-Conselheiros Tutelares do Piauí. A legislação proposta pelo deputado licenciado Firmino Paulo garante o acesso desses profissionais a mais mecanismos que fortalecem a sua atuação.

Outra legislação que garante maior acesso da população aos Conselhos Tutelares é a 7.771/22, de autoria de Gessivaldo Isaías (Republicanos). Ela obriga estabelecimentos de ensino privado e público a afixar cartazes com informações de contato do Conselho Tutelar, como site, telefone e endereço.

As parcerias se estendem a setores da sociedade civil organizada em outras legislações. A Lei 6.343/13 foi iniciativa do então deputado Firmino Filho e buscava combater o abuso sexual junto ao setor turístico. A Lei 7.090/17, de autoria do ex-deputado Rubem Martins, estende a setores como farmácias, Igrejas, casas de shows e estacionamentos e estabelece a obrigatoriedade de fazerem a denúncia.