Nota | Geral

Alepi: Gestores de ministérios afirmam que já há estudo sobre integração de bacias com o Piauí

Durante a Conferência Magna do evento *Mais Piauí – Água no Sertão*, realizada pela Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) na última segunda-feira, 8 de julho, o diretor de Obras Estratégicas do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Bruno Cravo, anunciou que os estudos para a integração das bacias dos rios Tocantins e São Francisco com os rios piauienses estão em curso. O evento teve como foco principal o debate sobre a segurança hídrica no semiárido piauiense.

Equipe Brjus

ARTIGO/MATÉRIA POR

Durante a Conferência Magna do evento *Mais Piauí – Água no Sertão*, realizada pela Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) na última segunda-feira, 8 de julho, o diretor de Obras Estratégicas do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Bruno Cravo, anunciou que os estudos para a integração das bacias dos rios Tocantins e São Francisco com os rios piauienses estão em curso. O evento teve como foco principal o debate sobre a segurança hídrica no semiárido piauiense.

O diretor Bruno Cravo revelou que o estudo mais avançado é o referente ao rio São Francisco, embora ainda não esteja concluído. Segundo Cravo, os estudos preliminares indicam que a transposição poderá gerar significativos benefícios econômicos e sociais, com impactos positivos na saúde pública e, consequentemente, na redução dos gastos estatais na área. “Esse é um passo crucial para que, quando decidida a implantação, não surjam contestações de grande relevância”, afirmou o gestor.

Cravo também apresentou dados orçamentários iniciais para o projeto. A previsão é de que a transposição entre o rio São Francisco e as bacias piauienses compreenda 120 quilômetros de canais, com um custo estimado de R$1,5 bilhão para a fase de implantação e R$112 milhões anuais para a operação. O subsecretário de Articulação com Estados e Municípios do Ministério do Planejamento, Geraldo Júnior, assegurou que os recursos necessários para a execução do projeto estão garantidos, inclusive com possibilidade de complementação orçamentária.

Geraldo Júnior destacou a complexidade das ações estruturantes relacionadas ao rio São Francisco, devido à sua importância para milhões de brasileiros e aos desafios ambientais e operacionais envolvidos, como a presença de grandes hidrelétricas e a demanda de diversas cidades por suas águas. No entanto, ele observou que a experiência com a transposição dos eixos oeste e norte do São Francisco ajudou a dissipar muitas das preocupações iniciais. “Um sentimento que eu vejo e, como a gente acaba dialogando com muitos atores país afora, sobretudo no Nordeste, a gente vê é que aquela tensão que existia naquele primeiro momento se dissipa”, relatou o subsecretário.

O presidente da Alepi, Franzé Silva (PT), aproveitou a oportunidade para reforçar a necessidade de celeridade nos estudos e nas obras relacionadas ao projeto. Silva lembrou que o estudo está atrasado em dois anos, mas expressou sua gratidão ao ministro Waldez Góes pela recepção junto com o senador Marcelo Castro (MDB), garantindo que será feito um esforço para acelerar o avanço das ações. 

O evento *Mais Piauí – Água no Sertão* serviu como um importante espaço para discutir os desafios e oportunidades relacionados à segurança hídrica no semiárido do Piauí, destacando a relevância dos projetos de integração para a região.