Na sessão plenária da última terça-feira, 6 de agosto de 2024, a deputada Gracinha Mão Santa (Progressistas) utilizou a tribuna para expressar sua oposição ao projeto governamental que trata da concessão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário da Microrregião de Água e Esgoto do Piauí (MRAE), abrangendo o município de Parnaíba.
A deputada anunciou que, no dia 14 de agosto, funcionários da Agespisa (Águas e Esgotos do Piauí) realizarão uma manifestação em frente ao Palácio de Karnak. “A gente é contra esse leilão da Agespisa, no qual coloca as cidades que conseguem pagar, mas não têm água tratada e nem tem tratamento de esgoto. São 60 milhões de reais que saem do bolso do parnaibano por ano e não é prestado conta”, afirmou.
Segundo Gracinha Mão Santa, o projeto de concessão está sendo imposto de maneira arbitrária pelo governo estadual. “O governador, sem ouvir o município, sozinho, de forma ditadora, está tirando o direito de Parnaíba ter ‘Águas de Parnaíba’. […] Fez correto Firmino [ex-prefeito de Teresina] que, em vida, colocou o ‘Águas de Teresina’, em que o recurso do teresinense é aplicado em Teresina”, argumentou.
A deputada também denunciou a ausência de médicos legistas em Parnaíba. “Cerca de um milhão de pessoas circulam na região do HEDA [Hospital Estadual Dirceu Arcoverde]. É inadmissível não termos médico legista. Além de perder familiares de forma traumatizante, ainda passamos mais de 24 horas pra liberarmos um corpo no IML”, relatou.
No contexto da campanha “Agosto Lilás”, voltada para a conscientização sobre o fim da violência contra a mulher, Gracinha Mão Santa mencionou ter sido vítima de machismo recentemente em um grupo de WhatsApp. Sem citar nomes, a deputada aconselhou: “Mulheres, não se intimidem, porque é isso que eles querem”.
