
A execução de Brad Sigmon, 67 anos, na Carolina do Sul, reacendeu o debate sobre a pena de morte nos Estados Unidos. Sigmon, condenado por assassinar os pais de sua ex-namorada em 2001, escolheu ser executado por um pelotão de fuzilamento, uma das três opções disponíveis na lei estadual. A escolha do método, que estava em desuso há 15 anos, coloca em evidência as discussões sobre a constitucionalidade e a humanidade das diferentes formas de execução.
A lei da Carolina do Sul, que permite aos condenados à morte escolherem entre injeção letal, fuzilamento ou cadeira elétrica, reflete a complexidade do debate sobre a pena capital nos EUA. A decisão de Sigmon de optar pelo fuzilamento, segundo seu advogado, foi motivada por relatos sobre o sofrimento causado pelos outros métodos. A volta do pelotão de fuzilamento ao cenário das execuções nos EUA, após 15 anos, reacende a discussão sobre a 8ª Emenda da Constituição, que proíbe punições cruéis e incomuns.
A defesa de Sigmon buscou a comutação da pena para prisão perpétua, argumentando que provas cruciais não foram apresentadas no julgamento de 2001. O advogado também apelou ao governador da Carolina do Sul, alegando que Sigmon é um prisioneiro modelo e que cometeu os crimes sob efeito de doença mental. No entanto, a tradição do estado, majoritariamente republicano, é de não conceder clemência a condenados à morte.
A execução de Sigmon ocorre em um momento em que a pena de morte volta a ser discutida em âmbito federal nos EUA. Em janeiro de 2024, o então presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva restaurando a pena de morte para crimes hediondos cometidos em jurisdição federal, reacendendo o debate sobre a aplicação da pena capital no país.