A expansão do grupo Brics, composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, foi anunciada durante sua 15ª cúpula, realizada em Joanesburgo. Entre os países convidados a ingressar no grupo como membros plenos a partir de 1º de janeiro de 2024 encontra-se a Etiópia, que é o segundo país mais populoso do continente africano, com aproximadamente 120 milhões de habitantes, ficando atrás apenas da Nigéria.
A inclusão da Etiópia no Brics, segundo diplomatas, se deve ao apoio expresso da África do Sul, tornando-se a segunda nação da África Sub-Sahariana a fazer parte do bloco.
De acordo com um relatório do Banco Mundial, o país ostenta uma das mais altas taxas de crescimento econômico em todo o continente africano. Entre 2021 e 2022, a economia etíope registrou um crescimento notável de 6,4%. Entretanto, o PIB per capita do país continua consideravelmente baixo, atingindo a marca de US$ 920,08, a menor entre os membros do Brics.
Segundo a organização não-governamental Freedom House, a Etiópia é classificada como um país “não livre,” com uma pontuação de 21 em uma escala de 0 a 100. Esta classificação reflete desafios em termos de liberdades civis, direitos políticos e governança no país.
A inclusão da Etiópia no Brics representa um novo capítulo na expansão do grupo, trazendo consigo um membro africano e suas dinâmicas econômicas e políticas. Essa decisão pode ter implicações significativas nas futuras discussões e colaborações entre os países membros do bloco.