O grupo Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, anunciou durante sua 15ª cúpula, realizada em Joanesburgo, um processo de expansão com a adesão de novos membros. O Egito, junto com a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Irã e Etiópia, foram convidados a ingressar no grupo como membros plenos a partir de 1º de janeiro de 2024.
O Egito, país de maioria muçulmana localizado no norte da África, possui uma população estimada em 110 milhões de habitantes e apresenta um Produto Interno Bruto (PIB) per capita de aproximadamente US$ 3,6 mil (em 2021), em comparação com os US$ 8,92 mil do Brasil no mesmo período.
Segundo dados do Banco Mundial, a economia egípcia registrou um crescimento de 5,8% em 2022. O país é governado pelo coronel do Exército Abdul Fatah Khalil Al-Sisi desde 2013, quando assumiu o poder após uma série de manifestações conhecida como “Primavera Árabe”.
Entretanto, o governo egípcio tem sido alvo de críticas de organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional, que alegam desrespeito aos direitos de oposicionistas, incluindo prisões arbitrárias e julgamentos sumários com pena de morte.
De acordo com a Freedom House, organização que avalia a liberdade em países ao redor do mundo, o Egito é classificado como um país “não-livre”, com uma pontuação de 18 em uma escala que varia de 0 (menor liberdade) a 100 (maior liberdade).
A inclusão do Egito como membro efetivo no Brics ocorre dois anos após o país ter sido admitido no “Banco do Brics”, representando um passo significativo na expansão do grupo. Essa decisão tem implicações importantes para a dinâmica geopolítica e econômica global, à medida que o Brics busca fortalecer sua posição no cenário internacional.