
A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) promove um debate sobre a condenação de uma universidade japonesa por discriminação contra mulheres em exames admissionais. O evento, que contará com a presença do professor Toshitaka Kudo, da Universidade Keio, de Tóquio, abordará o caso da Universidade Juntendo, que manipulou resultados de exames para limitar a admissão de mulheres.
O debate, intitulado “Litigância de grupos de consumidores no Japão – Caso Universidade Médica de Tóquio”, será realizado no dia 10 de março, no Auditório Ruy Barbosa Nogueira, no Prédio Histórico do Largo de São Francisco, em São Paulo. Além de Toshitaka Kudo, o evento contará com a participação dos professores da USP Kazuo Watanabe, Carlos Alberto Salles e Susana Henriques da Costa.
O caso em questão veio à tona em 2018, quando o jornal Yomiuri Shimbun revelou que a Universidade Juntendo manipulava os resultados de exames de admissão para reduzir o número de estudantes mulheres. A instituição alegava que as mulheres tinham vantagem nas entrevistas por se comunicarem melhor que os homens, e por isso estabeleceu critérios mais rigorosos para a admissão de alunas e diminuiu as notas das candidatas.
Em 2022, a universidade foi condenada a indenizar 13 mulheres prejudicadas pela prática discriminatória. Após o fim da fraude, a taxa de aprovação de mulheres na universidade superou a dos homens, segundo o jornal The Guardian.