
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) planeja implementar novas diretrizes ainda em 2024 para regular a conduta de seus membros nas redes sociais, visando coibir a ostentação e a captação de clientes de forma predatória. A medida surge em resposta ao crescente número de procedimentos abertos para investigar posturas consideradas inadequadas de advogados no ambiente digital.
A iniciativa da OAB busca atualizar o “plano de marketing jurídico nacional”, que não era revisado desde 2022, para adaptá-lo às novas tecnologias e aos desafios éticos que surgiram com o uso intensivo das redes sociais. A proposta é estabelecer limites para a exposição de advogados nas plataformas digitais, evitando a promoção de soluções milagrosas para casos complexos e a exibição de riqueza excessiva, que podem prejudicar a imagem da profissão.
O presidente da OAB, Beto Simonetti, destacou a importância de que as publicações dos advogados na internet respeitem a dignidade da profissão, sem ofender aqueles que ainda não alcançaram a estabilidade financeira. Ele ressaltou que a OAB já está investigando casos de hiperexposição na internet, que são tratados como infrações disciplinares.
A nova regulamentação visa garantir que o uso das redes sociais pelos advogados seja feito de forma ética e responsável, preservando a imagem da profissão e evitando a criação de um ambiente de competição desleal.