Nota | Geral

MPPI Participa de audiência sobre pacientes renais crônicos no Piauí

O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), participou de uma audiência pública promovida pela Comissão de Saúde, Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI) para discutir a situação dos pacientes renais crônicos no estado. A audiência foi solicitada pelo deputado …

Foto reprodução: MPPI.

O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), participou de uma audiência pública promovida pela Comissão de Saúde, Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI) para discutir a situação dos pacientes renais crônicos no estado.

A audiência foi solicitada pelo deputado Vinícius Nascimento e presidida por ele, em resposta a reclamações apresentadas pela Associação dos Pacientes Renais Crônicos do Estado do Piauí (APREPI). Segundo a APREPI, os centros de hemodiálise no Piauí enfrentam diversas questões de prestação de serviços.

Mariza Costa da Silva, representante da APREPI, informou que o Piauí atualmente abriga cerca de 3 mil pacientes renais em tratamento de hemodiálise. Durante visitas realizadas pela associação às clínicas que oferecem esses serviços, foram observadas deficiências, tais como a ausência de nefrologistas clínicos, atribuições inadequadas dos funcionários, técnicos trabalhando sem equipamentos de proteção individual e clínicas que não realizam a troca de cateter há um período prolongado, o que pode acarretar problemas de saúde para os pacientes. Também foi apontada uma insuficiência nos encaminhamentos para transplantes.

Luís Gonzaga, membro da APREPI, destacou as dificuldades enfrentadas pelos pacientes renais crônicos para obter a diálise peritoneal, uma opção de tratamento que pode ser realizada em casa, eliminando a necessidade de deslocamento para as clínicas. A elegibilidade para esse método depende das condições clínicas do paciente.

A coordenadora da Clínica de Nefrologia do Hospital Getúlio Vargas, Celina Castelo Branco, também ressaltou o risco de prejuízos aos pacientes devido a encaminhamentos tardios para o tratamento, uma vez que o estado de saúde do paciente pode restringir as opções terapêuticas.

A promotora de Justiça Karla Daniela Carvalho, coordenadora do CAODS, enfatizou a importância da Atenção Básica na prevenção de doenças renais crônicas, como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, e destacou a necessidade de aprimorar os protocolos de encaminhamento em conjunto com a Regulação, além de informar os pacientes sobre a importância de se inscreverem em listas de espera para transplantes e providenciar a devida avaliação por equipes especializadas.

Durante a audiência, representantes da Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI), incluindo o superintendente de Gestão da Administração, Jonatas Melo Neto, e o diretor da Unidade de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria, Rodrigo Martins, manifestaram interesse em descentralizar os serviços para pacientes renais crônicos, de forma a reduzir a necessidade de deslocamento para centros de atendimento, como Teresina.

Fonte: MPPI.