
A Havan, rede de lojas do empresário Luciano Hang, foi condenada a pagar R$ 5.960,91 a uma ex-funcionária por assédio eleitoral e moral. A sentença, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, revela práticas abusivas por parte da gerência, que impunha um ambiente de pressão política e perseguição. A funcionária relatou que não podia expressar opiniões contrárias ao governo de Jair Bolsonaro sem sofrer retaliações, e chegou a presenciar um colega ser demitido por este motivo.
A condenação também destaca outras formas de abuso por parte da gerente, que criou um ambiente tóxico e intimidatório. A funcionária alegou que era constantemente alvo de ataques, sendo chamada de “berne” e ameaçada de demissão. A gerente, além disso, fez comentários ofensivos sobre a aparência da funcionária, sugerindo que ela fizesse botox, e mantinha um ambiente de trabalho hostil, sem espaço para divergências políticas.
Em mais um capítulo do embate jurídico, a Havan recorreu da decisão, mas o caso segue expondo a gravidade das denúncias de assédio moral e eleitoral no ambiente de trabalho. Este é um alerta para empresas que tentam impor ideologias políticas aos seus colaboradores, violando direitos fundamentais de liberdade de expressão e respeito no ambiente profissional.