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Deputados do PSOL e PT criticam cassação de Glauber Braga e obstruem votações

O Conselho de Ética aprovou, por 13 votos a 5, a recomendação para a perda de mandato do parlamentar, acusado de quebra de decoro por expulsar com empurrões e chutes o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro da Câmara, em abril do ano passado.

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Parlamentares do Psol e do PT anunciaram uma estratégia de obstrução às votações no Plenário da Câmara dos Deputados em protesto contra o processo de cassação do deputado Glauber Braga (Psol-RJ). O Conselho de Ética aprovou, por 13 votos a 5, a recomendação para a perda de mandato do parlamentar, acusado de quebra de decoro por expulsar com empurrões e chutes o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro da Câmara, em abril do ano passado. A decisão final caberá ao Plenário.

A reação dos partidos de esquerda incluiu críticas ao Conselho de Ética e manifestações dentro da Casa. Glauber Braga declarou que permanecerá em greve de fome até o fim do julgamento, e a deputada Luiza Erundina (Psol-SP), de 90 anos, decidiu acompanhá-lo em protesto. Para a líder do Psol, Talíria Petrone (RJ), a decisão do conselho é “autoritária e desproporcional” e representa um ataque à esquerda e à democracia. Já o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que a crise instalada na Câmara exige uma solução urgente.

Enquanto isso, parlamentares da base governista criticaram a obstrução, argumentando que a atitude coloca interesses partidários acima dos da população. O deputado André Fernandes (PL-CE) condenou a paralisação dos trabalhos legislativos e defendeu a aprovação do Projeto de Lei 127/24, que cria um programa de saúde mental para idosos. Apesar do impasse político, o projeto foi aprovado pelo Plenário.