A influenciadora digital Sâmia Silva, vítima de um homicídio em outubro enquanto trafegava pela Avenida João XXIII, foi encontrada com os responsáveis por sua morte em um clube no bairro São João, zona Leste de Teresina, momentos antes do ocorrido. A investigação levou à prisão de seis pessoas, incluindo Herbertt (Jibóia), que faleceu durante a captura. João Gabriel, outro suspeito, permanece foragido. Os detidos são identificados como Felipe, Israel, Francilda, Vitória e Davdy, com um mandado de prisão cumprido contra este último, que já estava no sistema prisional.
Atuação no Tráfico de Entorpecentes
Conforme apurado, Sâmia estaria envolvida no tráfico de entorpecentes, evidenciado por elementos encontrados em sua residência, incluindo uma prensa. A delegada Nathália Figueiredo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), declarou que a influenciadora foi atraída ao clube para ser executada na saída, após ter sido identificada por dois casais presentes no local.
Dinâmica do Crime
O inquérito revelou que Israel, Francilda, Felipe, Vitória e João Gabriel se dirigiram ao clube na manhã do dia 1º de outubro. Posteriormente, João Gabriel (Batata) se juntou a eles, e, durante a tarde, decidiram executar Sâmia via WhatsApp. Herbertt e Davdy, os executores, encontraram-se com Felipe e Israel para receber o armamento utilizado no crime. As imagens mostram Herbertt conduzindo o veículo Gol, enquanto Davdy, na moto, executa Sâmia na Avenida João XXIII.
Desdobramentos das Investigações
A delegada Nathália Figueiredo afirmou que as investigações continuam em andamento. O vídeo registrado por câmeras de segurança na Rua Coronel Belisário da Cunha, no bairro São João, foi utilizado para reconstituir os últimos passos da vítima e identificar o executor. O crime, ocorrido por volta das 17h, resultou na morte de Sâmia Silva, atingida por pelo menos seis tiros, enquanto suas amigas escaparam sem ferimentos graves.
Laços
No decorrer das prisões realizadas durante a investigação, os dispositivos pertencentes a indivíduos ligados ao homicídio de Sâmia Silva foram confiscados. Surpreendentemente, verificou-se que esses aparelhos continham imagens de algumas autoridades, incluindo o delegado Matheus Zanatta e sua esposa. Essa descoberta suscita a possibilidade de que o delegado seja um alvo potencial da facção criminosa.
“Muitas fotos do delegado Zanatta e da esposa dele. Então, muito estranho, né, várias fotos catalogadas do Zanatta e da esposa. Então, certamente nós vamos estender essa investigação para saber o que realmente essa facção estava planejando”, comentou Charles Pessoa, delegado da DRACO, sobre a descoberta.
