O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, ressaltou a posição desfavorável do Brasil no que se refere à participação feminina no Parlamento, conforme o ranking da União Interparlamentar.
De acordo com o relatório, o Brasil está na 135ª posição entre 190 países. Moraes fez essa observação durante a cerimônia de encerramento da 3ª edição do curso “Lidera+”, um programa de formação política para mulheres promovido pela Fundação 1º de Maio, afiliada ao partido Solidariedade.
Moraes sugeriu um aumento nos investimentos em ações afirmativas para estimular a participação das mulheres na política. Ele elogiou a iniciativa do “Lidera+” como um fator crucial para melhorar essa situação.
O presidente do TSE afirmou que a maior ação afirmativa existente, a médio e longo prazos, é a conscientização, preparação e incentivo para a participação feminina na política. Ele destacou que isso representa uma reação ao eixo político tradicional dominado pelo homem branco.
Segundo Moraes, a inclusão de todos os atores sociais promove a democracia e não compromete a qualidade dos debates nos espaços políticos. Ele concluiu afirmando que a discussão com mais mulheres, mais negros e mais mulheres negras no Congresso Nacional resultará em maior diversidade.
A cerimônia, realizada na sede do Tribunal, em Brasília, contou também com a presença da ministra Vera Lúcia e do vice-presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva.