Artigo | Digital | Intelectual

Os desafios da Inteligência Artificial: ChatGPT e a segurança cibernética

Foto: Reprodução. A Inteligência Artificial (IA) é um campo de desenvolvimento tecnológico de considerável importância na atualidade, com aplicações abrangentes em diversas esferas da vida humana. Por meio de dispositivos tecnológicos como computadores, robôs e dispositivos móveis, a IA contribui para a resolução de problemas e o aumento da produtividade, promovendo uma maior conectividade global. …

Foto: Reprodução.

A Inteligência Artificial (IA) é um campo de desenvolvimento tecnológico de considerável importância na atualidade, com aplicações abrangentes em diversas esferas da vida humana. Por meio de dispositivos tecnológicos como computadores, robôs e dispositivos móveis, a IA contribui para a resolução de problemas e o aumento da produtividade, promovendo uma maior conectividade global.

Além disso, a IA desempenha um papel significativo na melhoria da segurança pública, educação, saúde, assistência social e sistemas de transporte, contribuindo para torná-los mais seguros e eficientes. Entretanto, o desenvolvimento atual da IA levanta questões éticas, morais e, particularmente, questões de segurança.

Recentemente, mais de mil especialistas em IA e empresários notáveis, incluindo Elon Musk, expressaram a necessidade de uma pausa de seis meses no desenvolvimento de sistemas de IA de grande escala. Eles alegam que essa pausa é crucial para estudar e controlar os potenciais riscos à segurança que acompanham o avanço da IA.

Essa preocupação nos leva a questionar os desafios que a evolução da IA representa para a segurança das comunidades. Para ilustrar essas preocupações, focaremos em um caso emblemático: o “novo” chatbot da OpenAI, conhecido como ChatGPT, e seu impacto na cibersegurança.

A ascensão da IA sempre foi recebida com ceticismo devido à sua capacidade de pensamento autônomo e à complexidade que isso envolve. Embora a IA tenha proporcionado melhorias notáveis em diversos aspectos de nossas vidas, a tecnologia em constante evolução tem implicações significativas para a cibersegurança, como evidenciado pelo malware ChatGPT.

O risco associado ao ChatGPT reside na sua capacidade de gerar código de forma instantânea e, conforme relatos recentes, produzir programas maliciosos altamente convincentes. O malware se refere a código de computador com intenções maliciosas.

A comunidade clandestina da dark web já adotou o ChatGPT para desenvolver malware e facilitar ataques de ransomware.

Essas preocupações ganham maior relevância à medida que grandes empresas investem pesadamente na tecnologia de IA. A Microsoft, por exemplo, expandiu sua parceria com a OpenAI em um investimento multibilionário com o objetivo de acelerar a pesquisa em IA.

O malware gerado por IA é mais perigoso do que o malware convencional, pois é mais acessível, produz resultados automaticamente e pode ser manipulado com facilidade. Relatos da revista Forbes indicam que alguns usuários do ChatGPT alertaram sobre a capacidade do programa de codificar malware para espionar entradas de teclado e criar ransomware.

Os termos de serviço da OpenAI proíbem estritamente o uso do ChatGPT para criar malware, definindo-o como “conteúdo que tenta criar ransomware, keyloggers, vírus ou outro software com a intenção de causar dano”. Também proíbem produtos que visem o uso indevido de dados pessoais ou se envolvam em atividades ilegais ou prejudiciais.

No entanto, muitos indivíduos encontraram maneiras de contornar essas restrições, com diversos fóruns na dark web compartilhando tutoriais sobre como utilizar o software ChatGPT para criar malware e ameaças cibernéticas. A rapidez com que hackers adotaram o programa é alarmante, com evidências de scripts de malware aparecendo apenas um mês após o lançamento do programa.

Em resumo, o progresso da IA apresenta desafios significativos para a cibersegurança, com o ChatGPT sendo um exemplo paradigmático desse dilema. A tecnologia que promete melhorar a vida das pessoas também carrega consigo riscos substanciais, exigindo uma consideração cuidadosa das implicações de segurança que a acompanham.

Fonte: Juristas.