Ronnie Lessa, ex-policial militar acusado de ser o responsável pelo homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, formalizou um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, conforme reportagem do jornalista Lauro Jardim, do periódico O Globo. O crime ocorreu por meio de disparos de arma de fogo no centro do Rio de Janeiro, em 14 de março de 2018.
Este desdobramento representa um possível avanço nas investigações, na esteira da colaboração anterior do ex-policial Élcio Queiroz, condutor do veículo utilizado no assassinato. Em pronunciamento datado de 9 de janeiro, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, assegurou que o caso será esclarecido até o final do primeiro trimestre de 2024, ou seja, até março.
No encerramento de 2023, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou que os responsáveis pelo mandato do assassinato seriam apresentados à Justiça em um futuro próximo. Dino enfatizou que a resolução desse caso foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comprometimento assumido pelo ministro da Justiça, que está prestes a assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) em 22 de fevereiro.
Cabe destacar que em outubro, o inquérito que apura o duplo homicídio foi remetido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), transferindo-se assim da jurisdição do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Tal alteração foi motivada por novas suspeitas envolvendo Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), mencionado na colaboração premiada de Élcio Queiroz.
Fonte: Direito News.