O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a necessidade premente de as instituições brasileiras unirem-se e concentrarem esforços no combate ao crime organizado e à violência. O ministro enfatizou a importância de adotar medidas destinadas a evitar a infiltração do crime organizado nas instituições públicas e a possibilitar que o Estado recupere áreas que estão sob o domínio do crime organizado.
Como presidente do STF e do CNJ, o ministro afirmou que a luta contra o crime organizado e a violência é uma das principais prioridades. Ele direcionou uma atenção especial ao Rio de Janeiro, que foi alvo de ataques ao longo da semana por parte de criminosos e milicianos, envolvendo incêndios em ônibus e ações coordenadas na capital do estado.
O ministro enfatizou a necessidade de realizar diagnósticos precisos em busca de soluções apropriadas, que variam em urgência, abrangendo ações imediatas, de médio e longo prazo. Ele destacou a importância da melhoria na educação e dos serviços públicos, mas ressaltou que a repressão é igualmente fundamental em uma sociedade civilizada, exigindo um acerto nesta matéria. Caso contrário, o crime organizado ameaça contaminar todas as instituições.
O ministro Barroso observou que o Brasil e a América Latina enfrentam uma situação de violência alarmante, com índices que superam os de países em guerra. Ele sublinhou que o enfrentamento da violência é, em grande parte, uma responsabilidade do Poder Executivo, mas enfatizou a importância de todos os setores realizarem diagnósticos precisos e colaborarem para encontrar soluções mais eficazes contra esse problema em todo o país.
“Devemos manter o foco nesse problema: violência, criminalidade organizada, como evitar sua infiltração nas instituições e como o Estado pode recuperar territórios perdidos para o crime organizado. Isso é um desafio não apenas no Rio de Janeiro, mas também na Amazônia. Portanto, é um fenômeno nacional e continental”, declarou o ministro.
As declarações de Barroso foram dadas durante sua participação na sexta-feira (27) no evento “A leitura nos espaços de privação de liberdade – Encontro nacional de gestores de leitura em ambientes prisionais” na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro (RJ), e foram transmitidas pela TV Justiça e outros meios de comunicação.
Fonte: Juristas.