Lúcia Alves, mãe de Daniel Alves, tornou pública, nesta terça-feira (2), a suposta identidade da mulher que acusa seu filho de estupro em uma boate em Barcelona, na Espanha, em dezembro de 2022. A mãe do lateral-direito, atualmente detido aguardando julgamento marcado para 5 de fevereiro, compartilhou vídeos da jovem que o acusa de estupro, se divertindo em festas. O caso está em andamento sob segredo de Justiça na Espanha, e, em decorrência disso, a mulher decidiu entrar com uma queixa e processar Lúcia.
Conforme informado pelo jornal “El Periódico”, a mãe do jogador questionou se a acusadora estaria verdadeiramente traumatizada, mencionando que ela busca compensação financeira por parte de Daniel Alves. Lúcia Alves divulgou imagens e vídeos da jovem se divertindo recentemente em bares e festas. Este incidente recebeu atenção internacional, pois, até então, a identidade e a imagem da mulher não haviam sido reveladas.
Quando as investigações iniciaram, o 15º Tribunal de Instrução de Barcelona estabeleceu que nenhuma imagem ou identidade da suposta vítima deveria ser divulgada. Dessa forma, a mãe de Daniel Alves, ao reproduzir o vídeo, pode estar sujeita a processos criminais por divulgar material que está sob segredo de Justiça.
A Justiça espanhola confirmou no final de dezembro que o julgamento de Daniel Alves ocorrerá no início de fevereiro deste ano. O brasileiro, acusado de estupro de uma mulher de 23 anos em uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022, enfrentará o tribunal nos dias 5, 6 e 7.
Preso desde 20 de janeiro, o jogador pode ser condenado a até 12 anos de reclusão, a pena máxima para acusações de agressão sexual no país. Daniel Alves afirma ser inocente, alegando que a relação sexual foi consensual.
Apesar do pedido de 12 anos de prisão, se condenado, Daniel Alves não deve cumprir a pena completa. O brasileiro poderia permanecer detido por, no máximo, seis anos, pois, no início do processo judicial, a defesa pagou à Justiça 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) como indenização à denunciante. A advogada da mulher contesta a possível redução da pena.
RELEMBRE O CASO
O caso teve destaque na imprensa espanhola no ano passado, quando o diário ABC revelou, em 31 de dezembro, que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na casa noturna Sutton. A denúncia foi aceita pela Justiça espanhola em 10 de janeiro, levando à prisão do jogador em 20 de janeiro, devido a inconsistências em seus depoimentos e o risco de fuga do país. Durante a prisão, Daniel Alves alterou seu depoimento diversas vezes, trocou de advogado e teve recursos negados para responder à acusação em liberdade. Além disso, iniciou um processo de divórcio com Joana Sanz, modelo e empresária espanhola, que não progrediu. Nas contradições, o jogador chegou a afirmar que não conhecia a mulher que o acusava, mas depois alegou que a relação foi consensual.
Fonte: Direito News.