Durante o julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro e outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, o ministro Alexandre de Moraes defendeu a segurança do sistema eleitoral brasileiro, especialmente das urnas eletrônicas.
Relator da ação, Moraes destacou que, nesta terça-feira, 25, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu o modelo de votação do Brasil como um dos melhores do mundo.
Ao apresentar seu voto, Moraes afirmou que, em 2021, uma alteração na estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) resultou na criação de um “grupo técnico voltado para atacar as urnas eletrônicas”. Segundo o ministro, esse grupo forneceu “todos os argumentos, falsos argumentos utilizados pelo então presidente Jair Bolsonaro para atacar as urnas eletrônicas”.
Moraes lembrou que ele próprio, assim como os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, já presidiram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que lhes confere conhecimento aprofundado sobre o funcionamento do sistema. “Não há nada mais confiável do que as urnas eletrônicas. Nunca houve uma comprovação de fraude ou falha”, afirmou.
Ao rebater os discursos de desconfiança que marcaram o pleito de 2022, Moraes mencionou a declaração de Trump, em que o sistema eleitoral brasileiro foi citado de forma elogiosa. Para o ministro, esse reconhecimento internacional reforça a solidez do modelo adotado pelo país.
Trump assinou recentemente uma ordem executiva que altera as regras eleitorais nos Estados Unidos, citando como exemplo de sucesso a biometria utilizada por países como Brasil e Índia. O decreto visa reforçar a verificação da cidadania dos eleitores, buscando impedir a participação de estrangeiros no processo eleitoral.
