
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, declarou que, durante os eventos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro, após a possibilidade de um golpe de Estado, foram identificados três planos relativos a sua pessoa. Um desses planos incluía sua prisão e enforcamento.
Moraes compartilhou os detalhes durante uma entrevista ao jornal O Globo, destacando a hostilidade e ódio manifestados por indivíduos incapazes de distinguir sua pessoa física da instituição que representa. Ele afirmou que os outros dois planos envolviam sua prisão pelas Forças Especiais do Exército, seguida de seu transporte para Goiânia (GO), e a proposição de um homicídio, incluindo a disposição de se livrarem do corpo durante o trajeto para Goiânia.
O ministro revelou a existência de um inquérito para investigar o planejamento dessas atividades, com a possibilidade de envolvimento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele ressaltou que houve uma tentativa de planejamento, incluindo monitoramento de seus passos pela Abin para eventual realização da prisão.
Moraes assegurou que sua segurança permanece inalterada desde que assumiu a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo em 2014, tendo apenas aumentado a proteção em relação à sua família. Além disso, reiterou a necessidade de regulamentação das redes sociais.
Na entrevista, Moraes recordou que estava em Paris no referido dia e, ao receber imagens da invasão, imediatamente contatou o ministro da Justiça, Flávio Dino, indagando sobre a proibição da entrada de manifestantes na Esplanada. Ele apontou o erro de permitir que radicais se reunissem em frente a quartéis-generais, considerando-o um equívoco grave das autoridades.
O ministro opinou que o 8 de Janeiro representou o ápice do movimento, uma tentativa final de reverter o resultado legítimo das urnas. Ele também considerou acertada a decisão do governo federal em não decretar o plano de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), evitando uma possível confusão maior. Moraes argumentou que durante as investigações, financiadores e participantes planejavam invadir o Congresso e permanecer lá até a GLO ser estabelecida, tentando convencer os militares a apoiar o golpe. Ele destacou que a instituição militar nunca flertou com essa ideia.
Fonte: Direito News.