A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro formalizou, nesta quinta-feira (30/11), o indiciamento de Silvana de Jesus Taques Elias dos Santos, mãe da atriz Larissa Manoela, por crime de racismo religioso direcionado ao genro André Luiz, que segue a doutrina espírita Kardecista. A denúncia originou-se a partir do registro de uma notícia-crime pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Estado do Rio, representada pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas. As conversas entre mãe e filha foram expostas após a participação da atriz em um programa de televisão em agosto.
No decorrer das investigações, constatou-se que em uma mensagem enviada na noite de Natal do ano anterior, Silvana teria referido-se à família do genro como “macumbeira”, gerando o indiciamento por racismo religioso. O babalorixá Ivanir dos Santos, articulador responsável pela comissão que formalizou a denúncia, enfatizou a importância de responsabilizar atos de intolerância religiosa, ressaltando que tal comportamento constitui crime no Brasil.
Durante o depoimento prestado à polícia, André Luiz informou que ele e Larissa optaram por censurar com uma “tarja preta” a parte das mensagens relacionadas à sua família, e, apesar de não ter sentido-se ofendido ou discriminado religiosamente, o ator decidiu expor o conteúdo. Em contrapartida, os pais de André, Giselle de Faria Pfaltzgraff e Paulo Henrique Frambach, afirmaram ser espíritas e não sentiram-se ofendidos pela mensagem em questão.
Larissa Manoela, intimada, obteve uma liminar para não comparecer à delegacia. Silvana, por sua vez, optou por não prestar depoimento. A defesa da mãe solicitou o arquivamento do inquérito, pleito que foi indeferido pela 37ª Vara Criminal da Comarca da Capital. A CNN Brasil busca contato com a defesa de Silvana para maiores esclarecimentos.
Fonte: Amodireito.