O juiz de Direito Paulo Torres Pereira da Silva, que ocupava o cargo na 21ª vara Cível de Recife, Estado de Pernambuco, foi vítima de homicídio por disparos de arma de fogo, nas imediações de Jaboatão dos Guararapes, no mesmo Estado. O ilustre magistrado encontrava-se no interior de seu veículo quando foi alvejado por agressores que se deslocavam em outro automóvel, efetuaram os tiros e evadiram-se do local.
O Tribunal de Justiça de Pernambuco manifestou seu pesar e revelou que o juiz, amplamente conhecido como Paulão, gozava de grande estima entre seus colegas e demais membros da comunidade jurídica. Com uma trajetória de 34 anos no exercício da magistratura, o falecido magistrado, em diversas ocasiões, desempenhou as funções de desembargador substituto.
A alta corte também anunciou que está mantendo contato com as autoridades policiais estaduais de Pernambuco e se comprometeu a oferecer total cooperação para a pronta elucidação do crime e a subsequente responsabilização dos perpetradores.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, emitiu uma nota de luto e qualificou o ato homicida como “covarde”.
“Conversei com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, que está em contato com as autoridades locais para a investigação ágil do episódio e a devida punição dos envolvidos. O Conselho Nacional de Justiça acompanhará os desdobramentos para garantir que a Justiça seja feita. Em nome do Poder Judiciário, presto solidariedade à família e aos amigos.”
O Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil, conhecido como Consepre, divulgou uma nota de repúdio. “Um crime cometido contra um membro do Poder Judiciário abala profundamente todo o Sistema de Justiça, bem como a sociedade que se beneficia de seus serviços.”
Em 20 de outubro, o ministro Barroso manteve diálogo com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Luiz Carlos de Barros Figueirêdo; a governadora do Estado, Raquel Lyra; e o ministro da Justiça, Flávio Dino. A condução da investigação é de competência primordial das autoridades locais, e a governadora relatou que todos os efetivos da polícia estadual estão mobilizados para o caso, com a designação de três delegados para conduzir a apuração. No entanto, as autoridades federais e o CNJ manterão vigilância sobre os desdobramentos do caso.
Fonte: Migalhas.