Nota | Constitucional

Inquérito conclui investigação sobre o caso Choquei, envolvendo a morte de jovem mineira

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) tornou público, nesta quarta-feira (06/03), os desfechos do inquérito referente à morte de Jéssica Vitória Canedo, 22 anos, ocorrida em dezembro de 2023. A jovem mineira faleceu por suicídio após ser alvo de ataques virtuais desencadeados pela divulgação de capturas de tela falsas, indicando um suposto relacionamento amoroso …

Foto reprodução: Redes Sociais.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) tornou público, nesta quarta-feira (06/03), os desfechos do inquérito referente à morte de Jéssica Vitória Canedo, 22 anos, ocorrida em dezembro de 2023. A jovem mineira faleceu por suicídio após ser alvo de ataques virtuais desencadeados pela divulgação de capturas de tela falsas, indicando um suposto relacionamento amoroso com o humorista Whindersson Nunes, realizada por meio do perfil “Choquei” no Instagram.

Durante coletiva de imprensa, a corporação revelou que Jéssica era a fonte primária das informações, compartilhando o conteúdo com páginas de fofoca por intermédio de perfis fictícios que ela mesma criara. A PCMG esclareceu que a investigação não atribui responsabilidade criminal à Choquei pela instigação ao suicídio, sendo a única pessoa indiciada no caso uma jovem de 18 anos, residente em Rio das Ostras, Rio de Janeiro, acusada de incitar o suicídio de Jéssica.

A vítima, conforme apontado pela PCMG, encontrava-se sob tratamento para depressão à época dos acontecimentos. O delegado Felipe Monteiro, em pronunciamento oficial, afirmou que os ataques nas redes sociais exacerbaram o estado depressivo de Jéssica, culminando em sua morte.

O perfil Choquei, que detém uma audiência considerável de mais de 20 milhões de seguidores no Instagram, originou uma disseminação descontrolada da falsa notícia, provocando uma avalanche de críticas direcionadas à mineira. Segundo a Polícia Civil, uma jovem do Rio de Janeiro foi identificada como autora de mensagens de ódio contra a vítima e foi indiciada por instigação ao suicídio, crime previsto no Código Penal Brasileiro com pena de dois a seis anos de reclusão.

No decorrer da investigação, a PCMG ouviu representantes da Choquei, bem como de outras três páginas de fofoca, além de familiares e amigas da vítima. Whindersson Nunes, também ouvido, refutou qualquer envolvimento com Jéssica Canedo. O inquérito agora será encaminhado ao Ministério Público.