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Um influencer foi condenado a pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 12 mil, devido a acusações e ofensas proferidas a um pastor em seu canal no YouTube. A decisão foi proferida pela 3ª Vara Cível de Lages, Estado de Santa Catarina. Além disso, a decisão judicial determinou a retirada imediata do vídeo da plataforma de mídia social, alertando que a possível inclusão de conteúdo semelhante resultaria em penalidades, incluindo multas diárias ao influencer.
O vídeo em questão atingiu quase 3 mil visualizações antes de ser removido por ordem judicial. No conteúdo, o influencer fez referência ao nome do autor e a aspectos relacionados à sua posição como pastor e líder da igreja de forma depreciativa. Palavras ofensivas foram utilizadas, e não foram apresentadas provas para sustentar as alegações feitas. Além disso, as agressões verbais se estenderam aos membros da família do pastor.
O magistrado responsável pela decisão enfatizou que o YouTube não é o local apropriado para manifestar desacordos, uma vez que o acesso à plataforma é amplo e aberto a diversos públicos.
No entendimento do julgador, caso o indivíduo discordasse das ações do autor em sua função pastoral, deveria recorrer a métodos civilizados, democráticos e oficiais para buscar as mudanças ou punições que julgasse necessárias, desde que apresentasse evidências substanciais para suas alegações.
O magistrado destacou que a internet não deve ser utilizada para acusações e condenações sumárias, pois o exercício da liberdade de expressão deve ser realizado com responsabilidade. Ele ressaltou que ofensas proferidas por meio das redes sociais podem ser mais prejudiciais do que as feitas pessoalmente ou por outros meios, uma vez que as mensagens permanecem disponíveis pelo tempo que o agressor considerar adequado, tornando difícil para o ofendido interromper a agressão de maneira imediata e eficaz, frequentemente deixando-o em uma situação de vulnerabilidade não causada por sua própria conduta.
Fonte: Migalhas.