A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), formalizou, perante o Supremo Tribunal Federal (STF), a solicitação de afastamento do Ministro Alexandre de Moraes das investigações relacionadas à alegada narrativa golpista atribuída à cúpula do governo Bolsonaro. Moraes atua como relator do referido caso, e, segundo os advogados de Bolsonaro, existe impedimento por parte do ministro para sua atuação no processo. A informação foi obtida do Metrópoles.
Em petição protocolada junto ao presidente do STF, Ministro Luís Roberto Barroso, na quarta-feira (14/02), os advogados do ex-presidente apresentaram um pedido formal de impedimento contra Moraes. Alegam “manifesto impedimento para a realização de qualquer ato processual no presente feito pelo seu nítido interesse na causa”.
A defesa de Bolsonaro argumenta que Moraes figura como uma das vítimas do suposto plano de golpe de Estado, o que, consequentemente, o desqualificaria para exercer o papel de relator no caso. Os advogados afirmam que as investigações conduzidas e as decisões proferidas pelo ministro são influenciadas por seu interesse direto no desenrolar do processo.
As investigações da Polícia Federal indicam a existência de uma organização criminosa que planejava manter Bolsonaro no poder por meio de uma suposta tentativa de golpe de Estado, envolvendo a abolição do Estado Democrático de Direito. A operação Tempus Veritatis, conduzida pela PF na última quinta-feira (08/02), resultou em mandados de busca, apreensão e prisão contra militares e indivíduos do alto escalão da gestão bolsonarista.