O advogado responsável pelo sequestro de um empresário de 62 anos, ocorrido em Coxim, a 330 quilômetros de Campo Grande, em 29 de janeiro, teve seu exercício profissional suspenso pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). A vítima foi sequestrada com o propósito de obter um pagamento via Pix no valor de R$ 250 mil.
A decisão de suspensão foi formalizada em 1º de janeiro pelo Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul, conforme divulgado nos autos do processo nº 24.186/2024. A medida restringe o exercício profissional do advogado a partir da data de publicação até o julgamento do referido processo.
O empresário foi levado para um lixão na cidade, resultando em investigações conduzidas pela Polícia Civil. De acordo com os registros, os responsáveis pelo sequestro, provenientes de Campo Grande, iniciaram a ação às 3 horas com o objetivo de sequestrar a vítima, que será processada por extorsão mediante sequestro.
Ao se aproximarem da residência da vítima, os sequestradores a encontraram retornando do mercado e o coagiram violentamente a entrar no veículo. Uma testemunha presenciou o incidente e clamou por ajuda.
Segundo as informações fornecidas pela vítima, os sequestradores colocaram um saco preto sobre sua cabeça e o transportaram até um local conhecido como lixão. No referido local, ameaçaram-no, alegando serem faccionados recém-saídos do presídio, e o intimaram a efetuar um Pix no valor de R$ 250 mil sob pena de morte.
O advogado envolvido justificou sua ação alegando dívidas pendentes entre a vítima e seus comparsas. Uma tentativa de extorsão foi realizada ao ligar para a esposa da vítima, solicitando o contato do filho para efetuar a transferência. Contudo, a esposa recusou-se e informou que a polícia estava a caminho.
Os comparsas, diante da intervenção policial iminente, abandonaram a vítima e o advogado em um posto de combustível e fugiram em um veículo Cronos de cor branca.
Fonte: Direito News.