A advogada Brenda dos Santos Oliveira e seu cliente, Janielson Nunes de Lima, conhecido como “Gordinho da Batata”, foram vítimas de homicídio nas imediações da delegacia de Santo Antônio, município do Rio Grande do Norte. Janielson estava sob investigação da Polícia Civil relacionada ao suposto envolvimento no assassinato de um vaqueiro de 19 anos ocorrido no domingo, 28.
O lamentável incidente ocorreu no centro da cidade, aproximadamente 600 metros distante da delegacia, resultando em múltiplos disparos que atingiram fatalmente ambos. O veículo em que se encontravam colidiu com um ônibus após os tiros.
Os suspeitos evadiram-se do local, enquanto a advogada e seu cliente perderam a vida de forma instantânea.
Brenda dos Santos Oliveira havia realizado uma publicação nos stories do Instagram pouco antes do crime.
Janielson foi detido pela Polícia Militar em Arez na terça-feira e posteriormente conduzido à Delegacia de Santo Antônio, situada a cerca de 30 quilômetros de distância.
Após diligências, o suspeito foi liberado, uma vez que não existia mandado de prisão em seu desfavor, e não foi constatado flagrante referente ao crime pelo qual era suspeito, conforme esclarecido pelas autoridades policiais.
A Polícia Civil confirmou que “Gordinho da Batata” estava entre os investigados pela morte de João Victor Bento da Costa, ocorrida durante uma vaquejada no domingo, mas salientou que outras linhas de investigação estão em andamento para esclarecer o caso.
João Victor, participante da vaquejada, foi abordado por duas pessoas em uma motocicleta no estacionamento do Parque, por volta das 5h, e alvejado por pelo menos três disparos, resultando em seu falecimento imediato.
Em comunicado oficial, a OAB/RN manifestou que a advogada estava no pleno exercício de sua profissão quando foi vítima de um ato de violência injustificável. A entidade solicitou ao Secretário de Segurança Pública do Estado uma rigorosa supervisão das investigações, destacando que o crime contra uma advogada representa um ataque direto ao Estado Democrático de Direito. O Conselho Federal da OAB, por meio da Comissão Nacional da Advocacia Jovem e o Colégio de Presidentes da Jovem Advocacia de Seccionais da OAB, lamentou o ocorrido e prestou solidariedade aos familiares e amigos da vítima.
A Abracrim – Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas – também se pronunciou, enfatizando a necessidade de orientar e proteger os profissionais da advocacia criminal diante de possíveis ameaças e violências. A entidade reiterou seu compromisso em fornecer suporte e diretrizes para minimizar os riscos associados à prática jurídica nesse contexto.
